No rescaldo da vitória de ontem, frente ao Zagreb, rapidamente se levantaram algumas vozes críticas que apontavam o risco da gestão que Bruno Lage (tentou) fazer nesta partida. Se há riscos em jogar de início com Yuri Ribeiro e um (por agora) inconsequente Jota? Sem um ponta-de-lança? Há, pois! Todavia deixo aqui duas questões para os críticos-rápidos-no-gatilho:
Preferem ter jogadores nucleares lesionados ou de rastos nesta fase da época (sendo que alguns já estão)?
Lage tem um plantel à altura de competir em todas as frentes com a mesma qualidade?
Parece-me evidente que a resposta a estas duas questões é um rotundo “não”. Mas isso sou eu.
É evidente que num clube como o Benfica a exigência deve ser máxima e a ambição só pode ser - sempre - ganhar tudo. Mas entre o que é a essência do Glorioso e a realidade desta época, vai alguma distância.
Para os adeptos das comparações: façam o exercício de analisar os plantéis que o Benfica tinha nos anos em que chegou à final da Liga Europa, e a rotatividade que, aí sim, era possível fazer sem grandes quebras de rendimento.
Em suma: Lage arriscou, mas na realidade não tem outro remédio. Volto a bater nesta tecla: é absolutamente surreal o plantel não dispor de mais um ponta-de-lança capaz de ser, pelo menos, alternativa válida.
A realidade é que o nosso timoneiro recebeu um desafio tremendo e aceitou ir para a guerra com snipers de elite, mas também com crianças que nunca pegaram numa espingarda.
Nota: exibições tremendas de Ferro, Pizzi, Gabriel e Rafa, ontem. Que tenham muita saúde.
Domingo, há mais. Pra cima deles, Benfica!
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