Guarda-Redes, 22 Anos, 1,99 metros, destro, internacional A pela Ucrânia em 7 ocasiões. Ao longo das últimas 5 temporadas, Odysseas Vlachodimos assumiu a baliza encarnada e quase sempre foi o dono e senhor das nossas redes. Contudo, nunca logrou atingir um elevado patamar de qualidade no desempenho da sua posição. Quedou-se sempre pelo bom guarda-redes que não compromete muito. Sempre me pareceu curto para o nível que pretendo na defesa da baliza encarnada. Demasiado preso à linha de golo, é um guarda-redes medroso nos cruzamentos para a sua zona de jurisdição, provocando desconfiança no setor defensivo. Revela muitos problemas no controlo da profundidade e é claramente incompetente no cada vez mais importante jogo de pés. Em suma, a forma de jogar de Roger Schmidt precisava de um guarda-redes claramente melhor nestes domínios tão importantes daquela posição específica, a fim de elevarmos a qualidade do nosso futebol, principalmente em contextos mais exigentes.
Anatoliy Turbin encaixa no perfil pretendido para o número 1 do SL Benfica. O jovem vai ter a sua 1.ª experiência fora do seu país, logo será fundamental ter uma boa adaptação a Lisboa e ao clube. Sem prejuízo, já tem no seu percurso profissional a disputa de vários jogos de grande nível nas competições europeias (Champions e Liga Europa).
Estamos na presença de um guarda-redes que exibe uma incrível envergadura física. Revela enorme competência no desempenho da sua função dentro da baliza, pois revela boa agilidade e posicionamento. Consegue antecipar bem os movimentos contrários. Tem na capacidade de deslocamento na baliza um aspeto em relação ao qual terá de melhorar, pois denotei alguma lentidão da sua parte nos jogos que pude observar do ucraniano. Também quando vai ao chão pode e deve ser mais rápido, apesar da sua grande estatura. Mesmo em cima da linha de golo é mais competente que Odysseas (que aqui, reconheça-se, tem muita qualidade), visto que, como se costuma dizer, “enche (mais) a baliza” e mostra mais segurança, ao largar poucas bolas para a frente.
Abordando, agora, as aptidões do ucraniano mais fora da baliza, Trubin revela um bom jogo de pés. Vamos ter aqui um “upgrade” em relação a Odysseas, na medida em que o ucraniano apresenta maior qualidade na saída de bola, seja em jogo curto, seja em jogo longo. Vamos poder, assim, jogar com o nosso guarda-redes sem perdermos, de imediato, a posse da bola. Trata-se de um fator importante para a colocação em prática do futebol de Roger Schmidt. Mas é na saída a cruzamentos que vamos ter a maior subida de qualidade com a integração deste atleta na nossa equipa. Domina muito bem o jogo aéreo! A área é sua! Ainda assim, entendo que tem de crescer e perceber que, em algumas ocasiões, não existe necessidade de sair da baliza. Acredito que a contínua experiência vai encarregar-se de lhe proporcionar o desejável crescimento neste aspeto. Já no controlo da profundidade, o ucraniano denota uma boa leitura de jogo para antecipar e evitar algumas jogadas de perigo para a sua baliza.
Em suma, estamos perante um guarda-redes que, em poucos anos, pode estar no top mundial. Contratação acertada para preencher uma lacuna gritante do nosso plantel. Chega do leste europeu um “muro de gelo” (adoro sentir isso num guarda-redes!) que, acredito, vai ser a mais-valia que tanto precisamos na defesa das nossas redes.
Bem-vindo, Anatoliy Trubin!
▶ Texto enviado pelo benfiquista João Nuno.
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