S/S Benfica 2014/15 Away
Começo este post precisamente com o título e com a última frase do último post que publiquei aqui a 4 de Março. Ainda antes da ida a Setúbal.
The night is dark and full of terror 🎬
Este ano (esta camisola) será vestida no próximo jogo no Estádio da Luz (Benfica x Tondela), esperando uma vitória inequívoca para superar a derrota com o Braga e o empate com o Moreirense.
Como isto tudo muda, não é? Neste momento, a nossa preocupação eram os penalties falhados do Pizzi contra o Moreirense que nos rebentaram a liderança. Entretanto fomos a Setúbal, mais um empate, mais um penalty falhado, mais um melão a regressar a casa. E depois, COVID-19.
Fecha tudo e restam-nos as memórias. Então vamos lá a essas memórias.
Trago-vos hoje a camisola alternativa do ano do bi. Já tinha falado da versão de jogador em mangas compridas mas esta é a versão normal das lojas e de manga curta. A diferença principal está no emblema (que é bordado e não estampado como nas versões de jogador).
Voltemos a Setúbal.
Muitos Benfiquistas não gostam do Setúbal. E eu percebo: é um clube que é frequentemente ajudado pelo Benfica mas cujos seus adeptos nutrem um ódio, para mim inexplicável, ao Benfica. O estádio é miserável. O relvado está muito distante dos topos, não se percebe nada do jogo. As bancadas são miseráveis (já tive colegas de bancada que lá pisaram bosta de cão e espetaram ferros numa perna). Até os camarotes são embaraçadores. As entradas são do pior que conheço em Portugal (lado a lado com o Rio Ave). E no fim é sempre preciso esperar para conseguir sair, havendo tradicionalmente confusão com adeptos e/ou polícia.
Pessoalmente, adoro ir a Setúbal:
Em situações normais, chego mais cedo a casa do que vindo da Luz;
Há sempre forma de haver grandes jantaradas, bem regadas e com boa companhia;
É um pretexto extra para estar com um dos meus melhores amigos, agora residente em Setúbal.
Foi precisamente isto que aconteceu na época de 2014/15 (talvez com uma excepção, que veremos mais à frente), em que juntámos uma turma valente a malhar choco frito e beber vinho branco de pressão, num defunto tasco da avenida que já tínhamos ido na época passada cantar a desfolhada, antes de rumarmos ao estádio e entrarmos já com o 1-0 do Salvio no marcador.
Lembro-me que esse jogo terminou 5-0 com hattrick do Talisca e mais um golo do Ola John a fechar à contagem.
No final do jogo, esse meu amigo convidou-me para beber só uma. Resisti com um:"Não, que eu já sei como isto acaba..." ao que ele me respondeu "Tranquilo. É mesmo só uma."
E no fundo, foi.
Entre as conversas com malta conhecida do Vitória, do Benfica, do Sporting, do que viesse.
As pessoas genuínas. O estar ao balcão. A esplanada. A Sagrejaria, que entretanto fechou ao publico para os empregados jantarem (bolas, aquele tacho de arroz tinha um excelente aspecto).
Mas, fundamentalmente, uma noite muito bem passada. Excelente companhia. Grandes conversas. E chegada a casa às 04:30 da manhã...
Na 2ª feira seguinte, chego ao trabalho. Ainda não totalmente recuperado e passa na TV do café o resumo do jogo. 5-0, impecável mas eu comento: "Olha, o Cristante jogou?!".
Risada total.
E eu:"Calma, não me apercebi. Não sei se vocês já foram a Setúbal mas aquilo não se vê nada. E eu estava atrás da baliza..."
Risada total.
E foi aí que a expressão "Atrás da baliza™️" passou a estar conotada com uma situação mais etilizada que o chamado "normal".
A título de curiosidade:
Esta foi a minha camisola nº 53 do Benfica;
É uma camisola 100% vitoriosa: vesti-a em duas vitórias na Choupana (2015/16 por 4-1 e 2018/19 por 4-0 no início do campeonato), 2-1 ao 1º de Dezembro na Taça de Portugal e 3-1 em Braga no ano do penta (.l.);
Este ano estava planeada para a deslocação a Vila do Conde
Atrás da baliza ™️ (acompanhado do mimetizar o acto de levar uma bebida à boca) - estar alcoolizado e, consequentemente, sem as condições reunidas para fazer as análises mais adequadas às varias temáticas que seja questionado. Inclui condução de veículos motorizados.
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