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Foto do escritorJoão Tibério

Chalana, sem palavras.

Atualizado: 16 de set.



Fernando Chalana foi mais do que Rock n' Roll, foi mais do que um camisola 10, foi mais do que um bigode, foi mais do que um Pequeno Genial, foi mais do que Chalanix. Fernando Chalana foi mais do que uma repetição, uma figura de estilo ou a receita de uma poção de invencibilidade. O futebol faz-se de jogadores que colecionam números, recordes e troféus, já as bancadas vivem dos homens que nos marcam do aquecimento à finta derradeira. Não há clubismos ou comparações possíveis quando falamos de homens que calçam as chuteiras de deuses. Esqueçam o Olimpo do futebol, Chalana não precisa de jogar mais nenhum jogo para ser um Homem com 10 maiúsculo. Fernando Chalana foi gigante porque viveu para lá das reviengas e dos golos, para lá das repetições na televisão ao domingo ou dos vídeos de YouTube, para lá da prateleira cheia de troféus ou do sucesso internacional. Fernando Chalana foi enorme porque foi humano. Verdadeiramente genuíno. Singularmente único. Fernando Chalana era um artífice das emoções junto à relva, um escultor de futuro na formação de homens que também jogavam futebol, um inventor de memórias inesquecíveis. Fernando Chalana é bola em estado puro. E no mundo dos deuses da bola não há ponto final nem pretérito perfeito. Obrigado, Chalana.

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