Extremo, canhoto, 35 Anos, 1,78 m, recentemente campeão do mundo pela Argentina, seleção pela qual já atuou por 132 ocasiões, tendo apontado 29 golos e contribuído com 24 assistências. “Fideo” é um jogador soberbo, dos poucos no mundo capaz de resolver um jogo a qualquer momento. Estamos a falar de um dos melhores jogadores do planeta na última década. Messi e o Real Madrid conquistaram o Mundo e a Europa porque tinham Di Maria. Acho que isto diz quase tudo da importância do “génio vagabundo” nascido a 14 de fevereiro de 1988, em Rosário, na história do Futebol. Di Maria é amor e um vencedor!
Estou muito feliz com o regresso de Di Magia à Luz. É o atleta que vi jogar com o Manto Sagrado que mais alto esteve na hierarquia mundial da bola. Ele sai campeão pelo SL Benfica como um extremo esquerdo de linha e chega a outro SL Benfica campeão para jogar mais como interior direito. Acredito que, tal como vinha a fazer na Juventus, Roger Schmidt conta com o campeão do mundo para jogar preferencialmente a partir do corredor direito, fazendo sempre as suas incríveis diagonais para o meio em busca de um passe para golo ou até mesmo do remate que foi aprimorando ao longo dos anos.
Di Maria é um criador de jogo e de oportunidades de golo. Tem múltiplos recursos. Muito forte do drible no 1x1, forte capacidade em descobrir espaços com passes de rutura a rasgar uma defesa onde poucos conseguem meter a bola, mas também ao nível do cruzamento, onde revela muita precisão a encontrar soluções na área. Aquele menino que, aquando da saída da Luz, tinha na velocidade o seu grande argumento, chega agora, graúdo, capaz de acelerar o jogo com uma leitura (tem muito critério e pensa bem antes dos outros!) impressionante que será decisiva perto das áreas contrárias. Algo que faltava, por vezes, à turma de Roger Schmidt era uma boa tomada de decisão/definição no último passe. Agora terá um intérprete do melhor que há no mundo para subir o rendimento nesse momento fundamental do jogo.
Muito se tem falado na idade do prodígio argentino. Acompanhei de perto a última época em Itália e vi um Di Maria maduro, sabendo que não está no auge da carreira e, portanto, gerindo melhor o seu esforço ao longo dos 90 minutos. Hoje em dia, ele percebe que não deve entrar em correrias loucas para estar a rendimento top quando chegar a hora da decisão. Portanto, a presença dele será um desafio à equipa para estar sempre equilibrada quando o génio de Rosário tiver com a bola e procurar desequilibrar a formação adversária.
É um fantástico reforço para o SL Benfica! Bem gerido ao longo de uma época, Di Maria pode ser um fator-chave para ajudar o Glorioso a decidir aqueles jogos de maior exigência. A carreira do internacional argentino é bem traduzida numa frase muito simples: “Um craque para os grandes jogos”. Assim seja, Di Magia!
Bem-vindo a Casa!
▶ Texto enviado pelo benfiquista João Nuno.
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