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Dois jogos. Duas derrotas. Um Benfica de diferença.

Bayern - Benfica, futebol masculino. Benfica - Cez Karlovarsko, voleibol masculino. Duas derrotas. Um Benfica de diferença.


Esta semana o Universo Benfica viu alguns jogos europeus. Vou-me focar em dois.

Na Alemanha, vimos aquilo que temos visto em barda nos últimos anos. Uma equipa sobranceira contra os fracos, uma equipa derrotada à partida contra os fortes, sem chama, sem garra, sem alma.

O oponente era fortíssimo. A probabilidade de perder era alta em quaisquer circunstâncias. Mas a probabilidade torna-se certeza quando se desiste sem sequer tentar.

Uma equipa que não merecia mais do que aquilo que aconteceu. Uma equipa que não mereceu os bravos adeptos que estiveram na Allianz Arena.

Uns bravos adeptos que não merecem a equipa de amorfos e o treinador ultrapassado que temos.

Uns bravos adeptos que não merecem ver a braçadeira de capitão em Almeidas e Pizzis, símbolos máximos da sobranceria interna e inconsequência europeia dos últimos anos. Símbolos de uma "estrutura" que se acha obviamente muito melhor que aquilo que é.

Na Alemanha houve um grupo de jogadores, com uma equipa técnica. Podia ser uma qualquer equipa. Nunca poderia ser uma equipa do Benfica.

No pavilhão da Luz, vimos também daquilo que temos visto em barda nos últimos anos. Uma verdadeira equipa, um grupo com uma liderança forte dentro e fora de campo. Um conjunto de homens.

O oponente era forte. A probabilidade de perder era relativamente alta. Com os dois primeiros sets tornou-se ainda mais alta, ao perdermos ambos. Mas a probabilidade ia sendo virada ao contrário. Porque nunca se desistiu. Porque se foi à luta. Porque se acreditou sempre ser possível.

Uma equipa que pelo espírito, pela abnegação merecia mais. Uma equipa que mereceu os bravos adeptos nas bancadas do pavilhão.

Uns bravos adeptos que nunca pararam de apoiar, nem a perder por 2-0. E que mereceram o esforço e o espírito imenso daqueles jogadores.

Uns bravos adeptos que merecem ver jogadores como o Zelão ou o Ivo Casas a dar tudo, a lutar por cada ponto e a festejar cada ponto ganho como se fosse o primeiro da carreira. Símbolos de uma "estrutura" que ao longo dos anos tem evoluído, se tem superado, se tem posto à prova entre os melhores e continua com ambição de entre os melhores continuar.

No pavilhão da Luz houve uma equipa à Benfica. Sofreu uma derrota, como a qualquer equipa pode acontecer. Mas não acredito que ninguém que tenha visto pela tv ou no pavilhão lhes reconheça que deram tudo deles que podiam ter dado.

Dois jogos, duas derrotas. Um Benfica de diferença. É apenas a minha reflexão.

E deixar um apelo a quem leia, um apelo e um conselho.

A quem gosta verdadeiramente de desporto, a quem gosta verdadeiramente de Benfica, dos valores de Cosme Damião, a quem precisa de um boost para a sua Alma Benfiquista, veja voleibol, veja as nossas equipas de futsal feminino, de basquetebol feminino, de voleibol feminino.

Acreditem, lava a alma.

Porque o Benfica precisa muito menos de Jorges Jesus, de Pizzis ou Almeidas.

E muito mais de Marcels Matz, Eugénios Rodrigues, Nunos Brites, Zelões, Ivos Casas, Inêses Fernandes ou Joanas Soeiros.

▶ Texto enviado pelo benfiquista João Santos.


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.

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