Esta camisola chegou-me há poucos dias.
Lembra-me as imagens que vi, da fantástica temporada de 1990/91.
De Veloso e Ricardo Gomes.
De Thern e Valdo.
De Paneira e Isaías.
De César Brito e Rui Águas.
De Eriksson e Toni.
De uma só derrota no campeonato. De incontáveis clean sheets.
De uma equipa e técnicos cheios de classe. E cheia de Benfica.
Lembra-me tudo isso. Mas ainda muito mais do que isso.
É a camisola do meu ano de nascimento. Ano em que o nosso presidente tinha o meu nome. E que, cometendo erros, defendeu e honrou o Benfica já numa fase tão difícil.
Ter esta camisola é muito mais que ter mais um Manto Sagrado. É o meu ato de egoísmo supremo enquanto Benfiquista.
Mas, além disso, é o relembrar-me onde quero estar.
É entrar de cabeça erguida no ringue de batalha e ver o César Brito espetar 2 vezes a bandeira do Benfica no meio do antro.
É ver um campeonato celebrado pelos jogadores como se for apenas mais um, de tão natural que é ganhar.
Esse Benfica provavelmente já não volta. Não significa que não façamos tudo o que podemos para que ele não volte.
Eu, sócio completamente anónimo, estou completamente devoto a isso. Seja a apoiar, a criticar, a participar nas Assembleias, a debater, a benficar, a defender o clube de tudo e de todos, internos ou externos.
Porque o Benfica está a par das coisas mais importantes da minha vida. Assim como de tantos. E o Benfica cresceu e fez-se dos seus sócios anónimos que dele fizeram gigante. Acho que nos esquecemos disso. Está na altura de nos voltarmos a relembrar.
Vamos?
▶ Texto enviado pelo benfiquista João Santos.
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