▶ Texto enviado pelo benfiquista João Jacinto
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A primeira Assembleia Geral a que fui, no dia 21/09/2024, tinha um significado especial para mim. Tinha 19 anos e, sozinho, entrei num universo que, até então, conhecia apenas das bancadas e de palavras do meu pai, que continuava ligado às bancadas, mas distante da vida associativa. O que encontrei foi algo ainda maior: uma verdadeira família benfiquista, unida pela paixão pelo clube e pelo desejo de contribuir para o seu futuro.
Agora, meses depois, volto às AGs com o mesmo espírito, mas já não me sinto sozinho. Vou para estar com a minha família benfiquista, porque é isso que somos. E foi essa força coletiva que, recentemente, aprovou a tão necessária renovação dos estatutos do clube, um marco que reforça o poder dos sócios e a vitalidade democrática do Benfica.
Com isto, fui percebendo que as Assembleias Gerais são o verdadeiro palco da democracia benfiquista, abertas a todos os sócios, sem exceção. São para os mais informados e para os menos informados, para os mais instruídos e para os menos instruídos, para todos os que querem ajudar o Benfica a ser Maior. Aqui, cada voto conta, cada voz é ouvida e cada opinião tem valor. Não importa a experiência ou o conhecimento prévio, o que importa é o amor pelo clube e a vontade de participar na sua construção.
Sei que a minha geração ainda não está tão familiarizada com esta parte importante da vida associativa do clube, mas sinto que existe muita vontade de podermos ajudar o Benfica no futuro. A renovação dos estatutos é um passo essencial para garantir que as novas gerações compreendem e exercem o seu papel na história do clube, reforçando a tradição democrática que nos distingue.
A renovação dos estatutos não é apenas uma questão burocrática, é um passo decisivo para modernizar e adaptar o clube às exigências do presente e do futuro, nunca esquecendo o seu passado. Este processo reflete um princípio fundamental: no Benfica, o poder reside nos sócios. São eles que decidem, que questionam, que exigem e que fazem do clube um exemplo de democracia não só no desporto, como na sociedade.
A história do Benfica está repleta de figuras que compreenderam e respeitaram este legado democrático. Presidentes que souberam interpretar a vontade dos sócios e agir em prol do clube, nunca esquecendo que o Benfica pertence a quem o ama, e não a interesses externos. A renovação estatutária segue esta linha, garantindo que o Benfica continue a ser dos sócios e para os sócios.
Olhando para o futuro, esta alteração deve ser vista como um compromisso contínuo com a transparência, a exigência e a participação ativa. Cabe-nos a todos manter este espírito vivo, comparecendo, debatendo e votando. Porque ser sócio do Benfica não é apenas um título. É um privilégio e uma responsabilidade.
Aos benfiquistas que conheci nesta jornada, obrigado. A todos os que participaram neste processo, parabéns. E aos que ainda não sentiram o poder de uma Assembleia Geral do Benfica, fica o convite: venham viver esta experiência. Porque juntos, fazemos história.
E se há algo que tornou este processo ainda mais especial para mim, foi o facto de, na última Assembleia Geral, ter conseguido trazer de volta o meu pai. Depois de anos afastado da vida associativa, voltou a sentir a força dos sócios e a importância de estarmos presentes. No final, percebi que este é o verdadeiro significado de ser Benfica.
Por mais como tu! Viva o Benfica!
O de 1904!