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O Ruído da Comunicação Social e a Passividade do Benfica

▶ Texto enviado pelo benfiquista Francisco Rodrigues.


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.




Nos últimos dias, a comunicação social (CS), especialmente o jornal Record, tem promovido uma verdadeira campanha a favor do eterno rival do Benfica, o Sporting. Esta tendência, que não é nova, preocupa-me profundamente enquanto sócio e adepto do Benfica, e levanta questões sobre a isenção de quem deveria informar, não influenciar.


Enquanto Benfiquista, isso preocupa-me, mas não me surpreende. Já havia sinais claros de parcialidade por parte da CS, especialmente nas conferências de imprensa, onde o então treinador do Sporting, Rúben Amorim, era "endeusado". Esta adulação era frequentemente justificada pela sua capacidade de comunicação e empatia com os jornalistas, criando uma aura de intocabilidade em torno do técnico. Agora, com as capas desta semana libertam-se de qualquer pretensão de isenção ou imparcialidade.


Desde o jogo entre o Sporting e o Santa Clara, no passado sábado, as manchetes do Record ilustram essa parcialidade: em três das últimas cinco capas, o árbitro da partida foi o protagonista. Ofuscou-se a exibição pálida do Sporting e a estreia do novo treinador na Liga. Pelo contrário, os erros de arbitragem assumiram o papel central, desviando a atenção do jogo em si. Um jogo que mostrou um Sporting muito menos acutilante e criativo em termos ofensivos, em comparação com a equipa dos últimos anos. Recorde-se que o Sporting não perdia para a Liga há praticamente um ano, não perdia em casa desde fevereiro de 2023 e não terminava um jogo sem marcar desde abril desse mesmo ano. O que deveria ser tema de análise crítica foi, no entanto, estrategicamente desviado.


Esta postura contrasta fortemente com o tratamento dado ao Benfica em situações semelhantes. Quando o nosso clube foi prejudicado por decisões arbitrais, raramente se viu este nível de destaque mediático. Quem não se lembra da final da Liga Europa de 2013/14, marcada por decisões claras contra o Benfica? Na altura, a narrativa dominante não foi sobre os erros de arbitragem, mas sim sobre uma tal “Maldição”. Ou quem se lembra da capa pós Casa Pia-Sporting da época passada, em que o Sporting venceu com um erro grave e objetivo do VAR, num lance de fora de jogo? Dois pesos, duas medidas.


É legítimo questionar: porque é que agora, perante a arbitragem do Sporting-Santa Clara, a CS decide amplificar tanto o tema? A resposta parece óbvia: uma campanha para proteger e enaltecer o rival. Esta parcialidade mina a credibilidade dos meios de comunicação, que deveriam ser imparciais e não ceder a favoritismos. Admito que fosse assinalado penalty em qualquer das duas situações que o Sporting se queixa. Mas deixo no ar uma questão: num jogo internacional, com o critério de intervenção do VAR em competições europeias, a decisão no lance sobre Catamo seria revertida? A resposta parece clara.


Preocupa-me ainda a apatia dos responsáveis do Benfica face a esta situação. É incompreensível que o clube não tome uma posição firme perante estas evidências. Enquanto adeptos, fazemos a nossa parte, usando as plataformas disponíveis para expor e criticar estas práticas. Porém, o clube, com toda a sua estrutura, parece limitar-se a tímidas newsletters. Isso é insuficiente e frustrante para quem espera mais de uma instituição com a grandeza do Benfica.


Enquanto discutimos os problemas internos, não podemos descurar o que acontece à nossa volta. Ignorar estas campanhas da CS é permitir que continuem a ganhar força. Não se trata apenas de defender o Benfica, mas de exigir transparência e justiça no futebol português.

Agora que o desabafo está feito, todos juntos: ganhar ao Vitória!



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