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Um ensaio sobre a incompetência

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▶ Texto enviado pelo benfiquista Jorge Baptista.


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.



“Um forte rei faz forte a fraca gente, e um rei fraco faz fraca a forte gente.”

No dia 9 de Outubro de 2021, os sócios do Sport Lisboa e Benfica elegeram com 84% dos votos, Rui Costa como novo presidente do clube. Depois de quase 20 anos sobre um único presidente, os sócios acharam que Rui Costa seria a pessoa ideal para dar um novo rumo ao clube, esperando prosperidade desportiva e financeira. Após quase 4 anos do seu mandato, faço a pergunta que fiz na altura. O que já demonstrou Rui Costa, para se achar que dará bom presidente? Não é uma pergunta retórica. Porque raio alguém pensaria que Rui Costa daria um bom presidente?


Ora vejamos: Após a maravilhosa carreira enquanto jogador (Benfica foi o terceiro clube que mais representou), entra na estrutura como diretor desportivo em 2009. Na sua primeira época, o Benfica acaba o campeonato em terceiro, caí nos oitavos da taça de Portugal, não passa da fase de grupos na Taça Uefa, mas ganha a Taça da Liga ao Sporting. Vieira, percebendo que tinha cometido um erro, despede o treinador que RC tinha escolhido e relega-o para uma figura meramente institucional de Benfiquismo (mais uma vez, sabe-se lá porquê). 


De 2009 até o fatídico ano de 2021, Rui Costa não passou de um fantoche que por vezes aparecia atrás de Vieira de maneira a simular que havia Benfiquismo dentro do clube. Se vos pedisse 5 momentos positivos de Rui Costa em 12 anos, conseguiam dizer-me? Se calhar nem 5 coisas que ele fez conseguiam enumerar. Trouxe o Aimar, e mais? Nunca marcou uma posição. Nuno Gomes entrou, não gostou e saiu. Rui Costa? Fosse pelo salário, pelo estatuto ou pelo gosto do mundo do futebol, foi-se deixando ficar. Pelo caminho, num breve trailer do que havia de vir, disse para David Luiz, que não queria sair do Benfica, que tinha de mostrar o seu futebol ao mundo inteiro, convencendo-o assim a sair do Benfica durante o mercado de Janeiro.


Em 2019, viu Vieira apertar o pescoço a um sócio, mas tudo bem, caso dos emails, tudo bem, cartão vermelho, tudo bem. Cúmplice, conivente ou totó? Nunca se impôs, nunca foi forte, mais uma vez, um breve trailer do que estava para vir. Mas voltando ao início, isto não seria de prever?


O Benfica orgulha-se de estar 10 anos à frente dos seus adversários, de estar na vanguarda da inovação, mas pensava que em pleno século XXI era possível ser um clube de sucesso com um presidente com a mesma capacidade de um representade de uma coletividade de bairro. 


O Bayern de Munique, que muitas vezes dizemos que é aquilo que devemos almejar, tem como presidente o ex-CEO da Adidas. Alguém com uma vasta experiência no mundo empresarial. E nós, em 2021, pensámos que alguém que foi em vez um médio de classe mundial tinha então tudo para liderar uma empresa que corretamente cotada valeria 500 milhões de euros e que fatura anualmente acima de 200 milhões, só porque percebe de futebol. Que bem que os planteis tem sido geridos, não é? E o sucesso desportivo? O museu não aguenta tanto troféu. Não se esqueçam, vamos eleger um presidente, não um diretor desportivo.


Presidentes querem-se competentes, líderes e com um rumo claro. Perceber de futebol ou de desporto é um plus. Florentino Perez é engenheiro civil, Joan Laporta, advogado e Fernando Carro, engenheiro industrial.


Olhando para dentro, e mesmo antes da profissionalização do futebol, tivemos Duarte Borges Coutinho, empresário licenciado em ciências económicas financeiras, Maurício Vieira de Brito, engenheiro e professor universitário ou José Ferreira Queimado, empresário numa área distinta ao do futebol. 


Em 2020, tivemos a nossa oportunidade de eleger alguém com os perfis acima mencionados. Alguém fortemente competente na sua área de atuação, chegando a alcançar a posição de vice-presidente na McDonalds, empresa cotada em 195 biliões de euros e com uma faturação anual de 23,6 biliões. E mesmo esse facto, foi alvo de chacota.


Daqui a nada (nunca mais chega) estamos em Outubro. O mais importante será não errar no perfil que escolheremos apoiar. É uma pessoa que demonstrou ser competente durante a sua vida profissional? É um sócio ativo na vida do clube? Tem como única motivação ajudar o clube? Não está rodeado de Vieirismo? É importante que o nosso próximo presidente passe nestes 4 testes, pois o atual se calhar não passa em nenhum.


Espero ansiosamente por Outubro. Até lá, faço como a Arya Stark e fecho-me no quarto a dizer insistemente “Luis Filipe Vieira, Rui Costa, Jaime Antunes, Paulo Gonçalves, Fernando Tavares, Domingos Soares de Oliveira, Silvio Cervan, Pedro Pinto, Nuno Costa, etc etc.”

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