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Foto do escritorBenfica Independente

Um pequeno tropeção antes de levantar voo




Desconcentração. Subestimação. Excesso de confiança. Ou acidente de percurso, uma designação que até julgo ser mais justa. Não nos escondamos atrás dos factos: o jogo contra Pevidém, esse clube que todos nós conhecíamos — ou não, mas a Taça tem este poder fantástico de esticar o mapa —, foi tudo menos brilhante. 


Quem costuma jogar e jogou, não esteve bem. Quem não costuma jogar e teve agora uma oportunidade, não a aproveitou. Decidiram brindar-nos com um jogo de abrir a boca… de sono. Não foi apenas um dia mau no escritório; foi antes como se tivessem decidido todos tirar férias e o escritório tivesse ficado às moscas.


Não façamos de conta de que nunca vimos algo do género. Na Taça de Portugal, uma equipa tipicamente acessível que entra com um crédito imenso e a se agarra ao jogo com unhas e dentes. E uma equipa “grande” que dá uma aula sobre o que não se deve fazer em campo. Não, não é um espetáculo que goste de ver, mas é um tanto recorrente. Não quer tampouco dizer que já não sabemos jogar à bola. Calma, amigos, o mundo não acabou — nem sequer estremeceu. 


É hoje, quarta-feira. Mas há já alguns dias que o foco virou para a Champions League. Que a conversa, a atenção e o entusiasmo são outros. Todos com a cabeça na competição-rainha, num mundo onde não há margem para desatenções, para erros ou para prevaricações. Onde não há segundas oportunidades. Onde se joga pela honra e se corre pela paixão. Onde se brilha em frente ao Mundo. Onde se colecionam momentos para a vida. E onde, neste momento, lutamos seriamente por um lugar nas oito melhores equipas da Europa.  


Em vez de lamentos, de pessimismos e de receios, peço aos benfiquistas que transformem este pequeno percalço em motivação extra para o jogo que se avizinha. Que acreditem que este tropeçãozinho serviu de alerta, qual beep matinal que, todas as segundas-feiras, à hora do costume, nos tira do sono - nada agradável, mas hiper necessário. E que tenham em mente esta ideia: os grandes só caem quando ninguém está a ver. E não há competição mais vista do que a Champions League.


▶ Texto enviado pelo benfiquista Gil Lourenço Ferreira.


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.

1 comentário

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Ospite
23 ott

E que tal uma explicação símples, como falta de rotinas?

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