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Uma crítica necessária



Nesta semana e pouco, tem vagueado a triste sensação de que o Clube está de férias. De que não se passa nada. De que, agora sem futebol, o Benfica está em stand-by. Mas não: as modalidades existem, persistem e até já nos deram algumas alegrias. Foi para elas que virei a agulha, desta vez em exclusivo, e é sobre elas que quero falar. Uma reflexão que julgo importante. E necessária.


O Vice-Presidente das Modalidades não reúne unanimidade entre adeptos e analistas do Clube. Percebe-se que assim seja: tradicionalmente bem-sucedido nos vários desportos, o desempenho do Benfica nos últimos anos tem deixado a desejar. Olha-se para Fernando Tavares com dúvidas. Não se sabe se é ele o homem certo. 


Umas vitórias aqui, outras acolá. Hoje no hóquei, amanhã no voleibol. Por vezes, no basquetebol. E lá se vai mantendo o tapete por cima dos problemas. Mas a verdade é que o Benfica está longe de atingir as expectativas. Podemos afastar a hipótese “investimento” — todos os anos se despejam balúrdios nas modalidades. E, sejamos sinceros, todos os anos as promessas são animadoras — este não tem sido diferente. O problema é que também não há ano em que não se entre no modo “foi bom enquanto durou”. O diagnóstico parece claro: falha-se no planeamento estratégico dos plantéis e, por conseguinte, na gestão das ambições do Clube.


Não acaba aqui. O resto das críticas vão direitinhas à comunicação de Fernando Tavares. Que, convenhamos, também não é digna de grandes elogios: ora conflituosa, ora pouco transparente, raramente chega ao nível esperado para o cargo. E muito menos a sua postura em público, tantas vezes agressiva, ajuda a criar empatia com os adeptos. Todos queremos que quem está no comando dê a cara — sobretudo em tempos de crise —, mas também pedimos um bocadinho mais: soluções, visão de futuro. Qualquer coisa mais robusta do que desculpas centradas em fatores externos.


Fernando Tavares herdou uma estrutura que fez do Benfica um clube respeitado em várias frentes. Mas a sua liderança tem-se revelado incapaz de manter esse legado de forma coerente e consistente. Apesar de alguns sucessos, parece faltar uma estratégia clara a longo prazo. E alguma regularidade. 

Se o Benfica quiser continuar a ser uma potência nas múltiplas modalidades, talvez esteja na hora de repensar o modus operandi. As promessas e as desculpas esfarrapadas não têm chegado. Nunca chegarão. Toca a fazer algo mais. 


▶ Texto enviado pelo benfiquista Gil Lourenço Ferreira.


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.

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